Agência Efe
Vladimir Putin reconhece possibilidadade de intervenção militar, mas avisa: “apenas em casos extremos”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira (04/03) que, por enquanto, não há necessidade de enviar tropas russas à Ucrânia, embora tenha reconhecido que essa “possibilidade existe” em caso de uma “situação extrema”.
“Qual pode ser o motivo para o uso das forças armadas? Certamente, um caso extremo”, declarou o chefe do Kremlin durante encontro com jornalistas divulgado pela televisão oficial.
Leia mais:
Com “selfie” e bandeiras, população da Crimeia comemora presença militar da Rússia
Putin acrescentou que a Rússia “tem um pedido (nesse sentido) do presidente legítimo da Ucrânia”, em alusão ao presidente deposto Viktor Yanukovich, que se encontra refugiado em território russo. “Inclusive, se tomarmos essa decisão, a decisão de empregar as forças armadas, será legítima”, ressaltou o presidente russo.
O mandatário, no entanto, se mostrou convencido de que os militares, russos e ucranianos, “não estarão em lados diferentes” das barricadas, mas do mesmo. Segundo Putin, muitos chefes militares russos e ucranianos “se conhecem pessoalmente”.
ONU discute crise
“A situação na Ucrânia continua a evoluir rapidamente”. Esta foi a conclusão do secretário-geral assistente da ONU (Organização das Nações Unidas) para Assuntos Políticos, Oscar Fernandez-Taranco, no Conselho de Segurança, que se reuniu novamente ontem (03) para discutir a crise ucraniana.
Leia mais:
Ucrânia: o plano mais idiota de Obama
“Desde a exposição feita pelo secretário-geral adjunto a este conselho, no dia 1º de março, a situação na Ucrânia continuou a evoluir rapidamente. Entendemos que há uma contínua evolução das tropas russas na Crimeia e um número de bases militares da Ucrânia foi cercado pelas tropas russas. Além disso, a situação no Leste da Ucrânia continua instável, com relatos de manifestações em algumas cidades, bem como as tentativas dos grupos locais para assumir o controle de alguns prédios oficiais”, disse Taranco.
NULL
NULL
Taranco disse ao Conselho de Segurança que o secretário-geral da ONU ressaltou a extrema importância de restabelecer a calma para amenizar as tensões imediatamente através do diálogo. Ele disse que o secretário-geral substituto, Jan Eliasson, chegou à Ucrânia hoje e irá informar o secretário-geral sobre os próximos passos que a ONU poderá tomar para apoiar a melhoria da situação na Ucrânia.
Mais cedo, Ban Ki-moon e o ministro do Exterior russo, Sergey Lavrov, discutiram a crise na Ucrânia, durante uma reunião em Genebra. Eles debateram a importância da redução das tensões por meio do diálogo construtivo e significativo.
(*) Com informações da Agência Efe, Washington Post e Agência Brasil