A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (11/03) que a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) deve criar uma comissão para discutir a situação da Venezuela, que tem enfrentado uma série de protestos. Os chanceleres dos países-membros devem se reunir nesta quarta (12/03) em Santiago.
“Mas os presidentes mandataram os seus ministros de Relações Exteriores para amanhã fazer uma reunião, criaram uma comissão que pode ser, inclusive, todos os países de região, representantes de todos os países da região, e fazer a interlocução pela construção de um ambiente de acordo, de consenso, de estabilidade lá na Venezuela. É isso que vai acontecer”, afirmou.
Agência Efe
Presidente Dilma Rousseff (esq.) conversa com a colega argentina Cristina Kirchner durante posse de Bachelet
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Dilma afirmou que o fato de o presidente venezuelano Nicolás Maduro ter cancelado a ida ao Chile não vai influir na reunião desta quarta. “O fato de não vir um ou outro presidente não vai interromper esse processo, porque serão os chanceleres e não os presidentes. Até por uma questão simples: é um momento de posse, nós estamos comemorando a posse dela. Então, é mais correto que sejam os chanceleres a fazer.” O encontro contará com a presença do chanceler venezuelano, Elías Jaua, segundo anunciou hoje o ministro chileno Heraldo Muñoz.
Dilma reiterou que a Unasul “sempre” buscará “a manutenção da ordem democrática” e lembrou o papel do bloco regional depois da destituição do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em um julgamento político em 2012.
A reunião da Unasul foi programada na capital chilena para aproveitar a presença dos ministros das Relações Exteriores do bloco devido à posse de Bachelet.