Atualizada às 19h28
Um soldado ucraniano foi morto nesta terça-feira (18/03) e outro ficou ferido durante um ataque a uma base ucraniana na Crimeia, anunciou o Ministério da Defesa da Ucrânia. A informação foi confirmada pela agência russa Interfax.
Após o ataque, o Ministério da Defesa ucraniano publicou um comunicado informando que autorizava as Forças Armadas a usarem armas para se defender, também confirmando que um oficial morreu e um capitão foi ferido.
Efe
Habitantes da região da Crimeia celebram anexação do território à Rússia durante discurso de Putin
Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano na Crimeia, Vladislav Selezniov, o incidente ocorreu em Simferopol, capital da península. Ele não especificou se o ataque foi lançado por forças russas ou por forças pró-Rússia.
De acordo com ele, os militares estariam barricados no segundo andar da base e o comandante foi detido. “Querem que larguemos as armas, mas não pretendemos nos render”, afirmou Selezniov à agência Reuters.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniuk, afirmou que “o conflito passou da fase política à fase militar”, completando que “hoje as tropas russas começaram a atirar sobre os nossos soldados – é um crime de guerra”, falou após o episódio na base militar.
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Nesta terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um documento que formaliza a adesão da Crimeia à Rússia, após a realização do referendo de domingo na península. O primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Axionov, o chefe do parlamento, Vladimir Konstantinov, e o chefe da cidade de Sebastopol, Alexei Chali, que se integrará à Rússia como cidade federada, assinaram o acordo.
Em seguida, a Ucrânia declarou não reconhecer a legitimidade do tratado bilateral de incorporação. “Não reconhecemos e jamais reconheceremos a assim chamada ‘independência’. Tampouco o acordo de incorporação da Crimeia à Federação Russa”, disse o diretor de Política de Informação da chancelaria ucraniana, Yevgueni Perebeinis. Para o diplomata, a anexação “não tem nada em comum com a democracia”.
Os Estados Unidos, por meio do vice-presidente Joe Biden, acusaram Moscou de uma “flagrante violação do direito internacional”, dizendo que a anexação da Crimeia não passa de uma “usurpação territorial”.
A Crimeia está ocupada há semanas por tropas russas e pró-Rússia, que cercaram vários quartéis militares ucranianos. Já tinha havido tentativas de tomar algumas bases e numa ocasião foram disparados tiros para o ar, mas é a primeira vez que há vítimas.