* Atualizada às 9h17
Cerca de 30 militares da Marinha ucraniana começaram a deixar nesta quarta-feira (19/03) seu quartel-general na cidade litorânea de Sebastopol, na Crimeia. A movimentação dos soldados ucranianos acontece após o QG ter sido invadido hoje por uma multidão de civis desarmados.
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Reunidos em pequenos grupos, os militares ucranianos deixam o recinto acompanhados por “ativistas das autodefesas” russas, segundo informou a imprensa local. Os comandantes da base militar ainda permanecem no estabelecimento, local em que está sendo realizado um comício com centenas de manifestantes pró-Moscou.
O comandante-em-chefe da Marinha de Kiev, o contra-almirante Serguei Gaiduk, foi detido no QG de Sebastopol por autoridades da Crimeia, segundo informou há pouco a agência de notícias local Criminform. “Há perguntas que ele tem que responder”, justificou a promotoria da Crimeia.
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Agência Efe
Militares uniformizados guardam a base ucraniana na capital da Crimeia, Simferopol; em Sebastopol, QG foi invadido por manifestantes
“Os oficiais tentam conter a multidão. Há gente mascarada e outros não, mas não há homens armados”, disse hoje Vladislav Selezniov, porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano na Crimeia. Também havia mulheres entre o grupo de moradores da Crimeia que entrou no QG ucraniano. A multidão hasteou bandeiras da Rússia e cantou o hino do país na base ucraniana.
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Segundo informações, os manifestantes teriam proposto aos soldados ucranianos que se rendessem e se unissem ao povo da Crimeia. Do contrário, teriam que abandonar a base, a cidade de Sebastopol e a região.
Ontem, um soldado ucraniano foi morto em um ataque contra uma base da Ucrânia na Crimeia. Em resposta, Kiev liberou o uso de armas militares contra forças russas. O franco-atirador supostamente responsável pelo disparo já foi identificado.
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Para tentar diminuir a crescente tensão entre as forças russas e ucranianas na península, o governo de Kiev anunciou a intenção de enviar a Crimeia o ministro da Defesa, Igor Teniukh. O premiê da Crimeia, Serguei Axionov, que está em Moscou para acertar os detalhes da anexação, já afirmou que a Crimeia não permitirá a entrada do ministro e de outras autoridades ucranianas em seu território.
“Não são bem-vindos à Crimeia. Ninguém permitirá que entrem e nós os enviaremos de volta”, afirmou Axionov à agência de notícias russa Interfax.
(*) Com informações da Agência Efe