A Rússia confirmou nesta sexta-feira (28/03) que todas as tropas ucranianas leais a Kiev já deixaram as instalações militares na península da Crimeia. A região está agora sob controle russo, após o referendo que decidiu pela anexação a Moscou. Com isso, o presidente Vladimir Putin ordenou que os equipamentos militares — armamentos, embarcações e aviões — confiscados e deixados na Crimeia sejam imediatamente devolvidos à Ucrânia.
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Armamentos, embarcações e aviões deixados pelos soldados ucranianos na Crimeia serão devolvidos por Putin a Kiev
“Também concluímos a mudança dos símbolos estatais em todos os navios e destacamentos que passaram para o lado do Exército russo”, informou Sergei Shoigu, ministro da Defesa russo.
Putin ainda parabenizou os militares russos da Frota do Mar Negro, destacamento russo com base na Crimeia, por seu “sangue e frio” e “profissionalismo” na operação desenvolvida por Moscou na península.
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Putin parabenizou as tropas russas pelo “sangue frio” e “profissionalismo” no desenrolar da operação de anexação na Crimeia
“Os recentes eventos na Crimeia foram um sério exame e uma demonstração das novas possibilidades de nossas Forças Armadas e da alta moral de seus soldados”, declarou o líder do Kremlin.
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Obama: Rússia deve recuar
Em entrevista à CBS exibida nos EUA hoje pela manhã, o presidente Barack Obama disse que a Rússia deve “retirar” suas tropas da fronteira ucraniana. O mandatário afirmou que as movimentações militares de Moscou estão fora da normalidade e pediu ainda que o Kremlin comece a dialogar para diminuir as tensões.
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“Putin não está entendendo nossa política externa”, disse Barack Obama em entrevista; ele está em viagem internacional
Para Obama, o deslocamento de forças militares nas áreas de fronteirs pode ser “simplesmente um esforço para intimidar a Ucrânia, ou pode ser que eles tenham planos adicionais”.
“Putin está certamente fazendo uma leitura equivocada da política externa norte-americana. Não temos interesse em ficar rodeando a Rússia. E não temos nenhum interesse na Ucrânia a não ser deixar o povo ucraniano tomar as próprias decisões sobre suas vidas”, finalizou Obama.