O multimilionário e filantropo Andrej Kiska foi eleito presidente da Eslováquia no segundo turno neste domingo (30/03), sem nunca ter exercido um cargo político e sem ter filiação a nenhum partido. Ele substituirá o presidente esquerdista, Ivan Gasparovic, e deve prestar juramento ao cargo apenas no dia 15 de junho, quando chegará ao fim o segundo mandato do atual líder do país.
Em sua primeira empreitada política, Kiska surpreendeu ao vencer com 59,4% dos votos, conseguindo mobilizar boa parte do eleitorado de centro-direita. O magnata disputou o cargo com o primeiro-ministro socialdemocrata veterano, Robert Fico. Se ele tivesse vencido a eleição, seu partido – o Smer-SD – controlaria a presidência, o Parlamento e o governo simultaneamente.
Efe
Magnata Andrej Kiska: denúncias de corrupção no governo e críticas ao sistema jurídico conquistaram eleitorado da direita
Durante a campanha, Kiska apostou na estratégia de imagem de renovação ao se definir como “o primeiro candidato presidencial independente”. Outra tática bem-sucedida do candidato vencedor foram suas denúncias de corrupção presente no governo, além das duras críticas à incompetência dos funcionários eslovacos e à ineficiência do sistema judiciário do país. “Humanizar a Eslováquia” foi um dos seus slogans prediletos.
Ao longo da carreira, Kiska foi CEO e diretor de grandes empresas e fundou companhias na Eslováquia e no exterior. Ele foi dono de duas sociedades financeiras de créditos ao consumo no país. Contudo, nos últimos 15 anos resolveu se dedicar exclusivamente à filantropia. Uma das entidades sem fins lucrativos é a “Dobrý Anjel”, que arrecada fundos para famílias com problemas financeiros por causa do câncer.
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