O México começa nesta segunda-feira (21/04) as despedidas ao escritor colombiano Gabriel García Márquez, morto na última quinta-feira (17/04), aos 87 anos. O ato principal acontecerá no Palácio de Belas Artes, na capital do país, com a presença dos presidentes de México (Enrique Peña Nieto) e Colômbia (Juan Manuel Santos). Na terça, outra cerimônia será feita em Bogotá.
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Estão previstas homenagens com compassos de Bella Bartók e execuções da música típica vallenato, além das flores amarelas que se tornaram uma marca de García Márquez.
Ainda falta definir o que será feito com as cinzas do escritor. Na sexta-feira (18/04), o embaixador da Colômbia no México, José Gabriel Ortiz, disse que a ideia era dividi-las entre os dois países. No entanto, a decisão final deve ficar com a família de Gabo.
Os familiares do escritor também precisarão definir o que será feito com um livro que estava sendo redigido por García Márquez, intitulado “Em Agosto Nos Vemos”.
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Considerado o criador do realismo mágico na literatura latino-americana, García Márquez, apelidado pelos amigos de Gabo, foi um dos mais importantes escritores da América Latina. Nascido em 6 de março de 1927 na cidade de Aracataca, na Colômbia, morava no México havia mais de três décadas.
Autor de “Cem Anos de Solidão”, “O Amor nos Tempos do Cólera”, “Crônica de uma morte anunciada” e tantos outros livros que se tornaram best-sellers ao redor do mundo, Gabo começou a escrever como jornalista, no jornal El Universal, em Cartagena.
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Foi correspondente internacional duas vezes: a primeira em 1958, na Europa, e a segunda em 1961, em Nova York, onde foi perseguido pela CIA por suas críticas a exilados cubanos e suas ligações com Fidel Castro. Com o irmão, Jaime Abello, fundou em 1994 a Fundação Neo Jornalismo Iberoamericano.
Seu primeiro livro, “La Horajasca”, foi publicado em 1955 e apresenta pela primeira vez o povoado fictício de Macondo, onde mais tarde seria ambientada a história de “Cem Anos de Solidão”. Publicado em 1967, o livro é considerado o mais importante da carreira de García Márquez e também a segunda obra mais relevante de toda a literatura hispânica, ficando atrás apenas de “Dom Quixote de la Mancha”, de Miguel de Cervantes. “Cem Anos de Solidão” já vendeu cerca de 30 milhões de exemplares em 35 idiomas.