Mesmo considerando que Cuba não proporciona armas, nem treino paramilitar para grupos terroristas, o relatório anual do Departamento de Estado dos EUA, apresentado nesta quarta-feira (30), manteve a ilha na lista de países que “patrocinam o terrorismo”. Irã, Sudão e Síria também integram a relação.
Agência Efe
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No documento consta que o Cuba deu refúgio a guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), mas reconhece seu papel mediador no processo de paz levado a cabo em Havana entre a guerrilha e o governo colombiano.
O documento também critica a relação da ilha com membros da ETA, mas pontua que em 2013 os laços com o grupo basco foram afrouxados e que cerca de oito das duas dúzias de membros da ETA em Cuba mudaram de localização com a “cooperação do governo espanhol”.
Como nos anos anteriores, o documento assinala, que “não há indícios de que o governo de Cuba tenha proporcionado armas ou treino paramilitar a grupos terroristas”.
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Rechaço internacional
A classificação é alvo de diversas críticas por parte da comunidade internacional. Em janeiro, durante a 2ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), todos os países da América Latina e Caribe manifestaram rejeição à medida.
A manutenção de Cuba na lista justifica a imposição de sanções como a proibição da venda e exportação de armas e impede que o país tenha acesso aos recursos do Banco Mundial e de outros órgãos internacionais.
Em 2013, a Assembleia Geral da ONU aprovou, pela 21ª vez, a condenação ao embargo econômico imposto pelos Estados Unidos à ilha caribenha. A resolução foi aprovada com 188 votos a favor, três contra e duas abstenções.