Um dos principais opositores à chanceler Angela Merkel, o deputado e ex-ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Jürgen Trittin, participa nesta quarta-feira (07/05) das Jornadas Brasil-Alemanha, na PUC-SP (Rua Monte Alegre, 984), às 19h30. No evento similar que aconteceu em Berlim, no mês passado, ele concedeu entrevista exclusiva a Opera Mundi e defendeu o fim do acordo nuclear entre os dois países, que pode ser rompido no final deste ano.
“Acredito que é um bom ano para deixar esse acordo, até pelo simbolismo da presidente Dilma [Rousseff] ter lutado contra a ditadura”, argumentou o político alemão.
Para dar prosseguimento ao acordo nuclear de 1975, assinado durante o governo de Ernesto Geisel (1974-1979), parlamentares alemães argumentam que sua anulação poderia comprometer outros tratados bilaterais, em especial sobre energia sustentável.
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Trittin também analisou a questão energética envolvida na crise na Ucrânia. “O conflito na Ucrânia mostra que a Europa precisa ficar mais independente. A União Europeia como um todo paga quase 500 bilhões de euros por energia, em urânio, óleo…É necessário diminuir isso.”
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Na conferência desta noite, Trittin terá a companhia de Chico Whitaker, co-fundador do Fórum Mundial Social, com moderação do professor Reginaldo Nasser, chefe do Departamento de Relações Internacionais da PUC-SP.
Mais cedo, as Jornadas Brasil-Alemanha terão a mesa redonda “Amigos e adversários do regime militar brasileiro na Alemanha”, às 14h, na sala 100, no Prédio Novo da PUC-SP (Rua Monte Alegre, 984).