Um dois principais candidatos à presidência da Colômbia, Óscar Iván Zuluaga, admitiu que teve contato com o hacker Andrés Sepúlveda, detido na última semana por espionagem e ao processo de paz do governo com as FARC.
Efe
Zuluaga (foto) teria relações com o hacker Sepúlveda, detido em operação da procuradoria colombiana na última terça
Apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), o candidato do partido Centro Democrático declarou que conheceu o hacker no início da campanha presidencial, de modo breve e dentro da legalidade. No entanto, afirmou haver “uma montagem e um complô” para deslegitimá-lo nas eleições presidenciais, previstas para o próximo dia 25.
Na terça (06/05), Sepúlveda foi detido em uma operação da procuradoria colombiana, que descobriu um escritório de onde seriam feitas intercepções ilegais de e-mails em Bogotá, usado para espionar o processo de paz com a guerrilha em Cuba. Na ocasião, Uribe, duro crítico do processo de paz, reconheceu que o mesmo escritório tinha prestado serviços à campanha de Zuluaga, levando à renúncia de Luis Alfonso Hoyos, um dos assessores do candidato.
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Segundo fontes da revista La Semana, foram encontradas mais informações neste caso do que na sala “Andrômeda”, um centro de espionagem clandestino do Exército colombiano também montado em Bogotá e revelado pela imprensa local no início de fevereiro.
Os diálogos da paz entre governo e narcotráfico têm sido um dos principais assuntos em pauta nas vésperas das eleições presidenciais colombianas. Na última semana, pelo menos doze guerrilheiros das FARC e do ELN (Exército de Libertação Nacional) morreram em operações militares no país, enquanto 30 foram detidos, informou hoje o Ministério da Defesa.