A General Motors recebeu nesta sexta-feira (16/05) multa recorde de US$ 35 milhões pelas autoridades norte-americanas por ter demorado a fazer recall de milhões de veículos com defeito na chave de ignição, o que levou a falhas no acionamento do airbag e teria provocado pelo menos 13 acidentes fatais, segundo a própria empresa.
Pelas leis norte-americanas, fabricantes de automóveis são obrigados a comunicar defeitos de segurança no prazo de cinco dias após descobertos. De acordo com a GM, no entanto, os engenheiros da empresa sabiam da falha há quase uma década.
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Saturn ION é um dos modelos afetados pelo defeito; modelos não são comercializados no Brasil
O fabricante “falhou em indicar um defeito de segurança (…) ao governo federal nos prazos estabelecidos”, informou o Departamento de Transporte e a autoridade de regulação (NHTSA) em um comunicado.
De acordo com a NHTSA, esta é a maior multa civil já aplicada no país como resultado de uma investigação de recall. O comunicado esclarece ainda que a sanção cobre apenas violações a leis de trânsito e não encerra as investigações que estão sendo realizadas pelo Departamento de Justiça e de reguladores do mercado financeiro sobre o tema.
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O valor, no entanto, é inferior aos US$ 100 milhões que teriam sido gastos se a GM tivesse consertado o defeito de ignição em 2007 em 1,8 milhão de veículos. No último mês, a empresa afirmou ter gasto US$ 1,3 bilhão para cobrir os gastos da devolução de 2,6 milhões de carros.
As diversas críticas sofridas pela empresa obrigaram a GM a rever processos internos de segurança. A montadora se comprometeu a submeter seus procedimentos a uma “análise sem precedentes”. Neste ano, 10 milhões de carros foram revisados. “Aprendemos muito com este recall [e] vamos sair mais fortes desta situação”, afirmou a CEO da marca, Mary Barra.