O presidente norte-americano Barack Obama pediu nesta quinta-feira (26) que o Congresso aprove a destinação de US$ 500 milhões para treinar e equipar “rebeldes moderados” da Síria que buscam derrubar o presidente Bashar al-Assad. Caso o programa seja aprovado, fará parte da formação e assistência secreta dirigida por agências de inteligência dos Estados Unidos.
Agência Efe
Política externa de Obama tem sido criticada; 54% dos norte-americanos desaprovam condução da crise no Iraque
A Casa Branca afirmou, em comunicado, que os rebeldes serão “analisados” antes de receber assistência, num esforço para evitar que os equipamentos oferecidos à oposição possam cair “nas mãos de inimigos norte-americanos”.
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“Esses fundos vão ajudar os sírios em sua defesa, a estabilizar as zonas sob controle da oposição, facilitar o abastecimento de serviços essenciais, contrabalançar as ameaças terroristas e propiciar as condições de um acordo negociado”, justificou Obama.
Parte dos US$ 500 milhões seriam destinados também à consolidação de posições que freiem as forças terroristas, como os membros do EIIL (Estado Islâmico do Iraque e Levante) e a Frente Al Nursa.
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Outras operações no exterior
O avanço do EIIL no Iraque contribuiu para aumentar a pressão exercida por alguns parlamentares sobre Obama para aumentar a ajuda destinada à oposição síria. Alguns o acusam de ter sido “passivo e indeciso”, permitindo a Assad afastar a ameaça a seu governo.
O programa para a Síria é parte de um pacote de US$ 65 bilhões para operações no exterior, especialmente para a manutenção das tropas no Afeganistão e outras missões no Oriente Médio e norte da África, solicitado pelo governo ao Capitólio hoje.
O pacote inclui o pedido de US$ 1 bilhão para “estabilizar” as nações que fazem fronteira com a Síria e sofrem com as consequências dos mais de três anos de guerra civil e reforça a solicitação feita anteriormente de US$ 1 bilhão para aumentar a presença militar dos EUA na Europa Central e do Leste.
A maneira como Obama está conduzindo a crise no Iraque é desaprovada por 52% dos cidadãos norte-americanos, segundo pesquisa divulgada na terça-feira (24/06) pelo jornal the Washington Post.