As autoridades egípcias reabriram nesta quinta-feira (10/07) provisoriamente a passagem fronteiriça de Rafah para evacuar da Faixa de Gaza os palestinos feridos na atual ofensiva israelense contra a região, que já causou mais de 70 mortos.
O porta-voz da província do Norte do Sinai, Yahia Abdelmeguid, explicou à Agência Efe que o cruzamento, habitualmente fechado, permanecerá aberto de maneira contínua até que os ataques israelenses terminem.
Vários hospitais da Península do Sinai estão em estado de emergência, preparados para receber os feridos, enquanto ambulâncias e equipamentos médicos especializados esperam na fronteira.
Agência Efe
Imagem da cidade de Gaza nesta quinta-feira (10/07)
Os primeiros hospitais a receber feridos serão o geral de Al Arish e o central de Rafah, ambos no norte do Sinai, segundo a agência oficial egípcia Mena.
O governador de Rafah, Ahmed Nasr, advertiu da piora da situação humanitária em Gaza devido à escalada dos ataques das forças israelenses que afetam em todos os âmbitos a população civil. Em comunicado, assegurou que crianças, mulheres e idosos “estão pagando o preço do fracasso internacional para enfrentar os crimes israelenses”.
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A passagem de Rafah, que liga o Sinai com Gaza, é a única saída para o mundo exterior para os 1,7 milhão de habitantes da região, porque Israel não o permite desde 2007, quando o movimento islamita Hamas assumiu o poder.
A revolução egípcia de janeiro de 2011 e a posterior chegada ao poder de Mohammed Mursi, da organização da Irmandade Muçulmana, tornaram possível uma maior abertura da passagem. No final de 2012, Mursi chegou a intermediar, ao lado dos Estados Unidos, uma negociação entre Israel e Palestina, que depois acabou fracassada.
Com a queda do líder islamita em 2013, a passagem voltou a ser fechada, mas, no mês passado, o novo presidente egípcio, o ex-general Abdul Fatah al Sisi, mostrou sua disposição de reabrir o espaço permanentemente, e não só em casos humanitários, se o governo de união nacional palestino instalasse uma sede presidencial em Gaza.