O presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o “fim imediato do enfrentamento armado que causa numerosas vítimas entre a população civil em Gaza”, durante um telefonema, nesta quinta-feira (10/07). No território palestino, o conflito entre Israel e Hamas já resultou na morte de pelo menos 88 pessoas – dentre elas, 70% são civis – em apenas três dias.
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A conversa, que se concentrou na “degradação rápida da situação” na Faixa de Gaza e no sul de Israel, partiu da iniciativa do líder israelense, segundo o Kremlin em um comunicado. Na sexta, Putin se reunirá com o ex-presidente cubano Fidel Castro em Havana. Ele ainda vai participar de uma cúpula de potências emergentes (Brics) no Brasil e assistirá à final da Copa do Mundo.
Reunião urgente no Conselho de Segurança
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon pediu um cessar-fogo entre Israel e Hamas durante a abertura de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para discutir sobre o atual conflito, realizado hoje, em Nova York.
“Gaza está numa situação extremamente precária”, disse Ban. Apesar de condenar os ataques com foguetes por parte do Hamas, o líder da ONU acredita que Israel faz “uso excessivo de sua força”, ameaçando a vida de muitos civis.
Nesta manhã, Netanyahu disse a membros do Knesset, o Parlamento israelense, e ao comitê de defesa do país, que uma trégua com o Hamas está fora dos seus planos. “Eu não estou dizendo a ninguém sobre a possibilidade de um cessar-fogo agora. Isso não está nem na minha agenda”, disse, segundo o jornal israelense Haaretz.
Evacuação de civis em Gaza
As Forças de Segurança de Israel pediram que palestinos que vivem em áreas próximas à fronteira com Israel na Faixa de Gaza evacuem de suas casas, de acordo com o The Jerusalem Post.
Paralelamente, as autoridades egípcias reabriram nesta quinta provisoriamente a passagem fronteiriça de Rafah para evacuar da Faixa de Gaza os palestinos feridos na atual ofensiva israelense contra a região. Ontem, o Ministério das Relações Exteriores do Egito declarou que pediu que Israel e Hamas parem com o conflito, mas minimizou esperanças de uma trégua mediada por Cairo.
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Para o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, Israel está “cometendo um genocídio em Gaza”. A declaração veio depois que o presidente israelense, Shimon Peres, ameaçou uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza na quarta (9) e após o Exército posicionar 40 mil reservistas nos arredores do território palestino, na terça (8). Os ataques aéreos na região começaram com a operação “Margem Protetora“, iniciada na noite de segunda (7).
A violência em Gaza se intensificou desde a morte de três jovens israelenses na Cisjordânia no mês passado, seguida do assassinato de um adolescente palestino, incendiado com gasolina enquanto ainda estava vivo. O governo israelense culpa o Hamas pela morte dos jovens, fato que foi negado pelo grupo. O crime aconteceu poucas semanas após o Hamas e o Fatah definirem um acordo histórico de reconciliação – criticado por Israel.
Efe
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