O jornalista Allan Sorenson, correspondente do jornal dinamarquês Kristeligt Dagblad, postou em seu Twitter na noite de quarta-feira (09/07), segundo dia dos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza, uma foto em que mostra israelenses assistindo e celebrando o bombardeio noturno à região.
Sderot cinema. Israelis bringing chairs 2 hilltop in sderot 2 watch latest from Gaza. Clapping when blasts are heard. pic.twitter.com/WYZquV62O7
— Allan Sørensen (@allansorensen72) 9 julho 2014
À jornalista Sahar Habib Ghazi, do Global Voice, Sorenson confirmou a veracidade da imagem. Em seu post, ele afirma que “israelenses levaram cadeiras para uma colina em Sderot para assistir às últimas novidades de Gaza” e “bateram palmas quando explosões foram ouvidas”.
Sderot tem uma população de 24 mil pessoas. A imprensa internacional tem constantemente reportado a tensão em que vivem estes cidadãos devido à quantidade de foguetes que são lançados de Gaza.
Mais de 550 foguetes foram lançados por palestinos desde o começo da Operação “Margem Protetora”, ou “Penhasco Sólido”. Até o momento, não há o registro de nenhuma morte de cidadão israelense. Nesta sexta-feira (11/07), o governo de Tel Aviv afirmou que o número de palestinos mortos chegou a 100 e mais de 700 ficaram feridos pelos ataques aéreos de Israel contra Gaza.
O morador de Sderot, Kogan Baruch, afirmou ao site da emissora alemã Deutsche Welle que é “o governo do Hamas” que está atacando. “No momento, não tenho sentimento algum pelos que vivem na Faixa de Gaza. Se quiserem fazer alguma coisa e viver em paz, precisam mudar o próprio governo”, disse.
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A escalada de violência israelense ocorreu após a morte de três adolescentes israelenses na Cisjordânia no final de junho. Como “vingança”, um jovem palestino foi queimado vivo e assassinado em Jerusalém.
Logo após a descoberta dos corpos dos três jovens, Israel iniciou uma ofensiva contra o Hamas. Aviões de guerra passaram a bombardear Gaza destruindo casas e instituições e foram realizadas execuções extrajudiciais. Até agora, quase 600 palestinos foram sequestrados e presos.
A tensão aumentou na região após anúncio, no começo de junho, do fim da cisão entre o Fatah e o Hamas, que controlam a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, respectivamente. Israel considera o Hamas um grupo terrorista e por isso suspendeu as conversas de paz que vinham sendo desenvolvidas com os palestinos com a mediação do secretário de Estado norte-americano, John Kerry.