O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou neste domingo (20/07) a “perseguição sistemática” à qual estão sendo submetidas as minorias étnicas e religiosas na cidade iraquiana de Mossul pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) e advertiu que pode representar um crime contra a humanidade.
Agência Efe
Iraquianos avaliam destruição realizada após ataque do governo a grupo do Estado Islâmico
Em comunicado de seu porta-voz, Ban se referiu às ameaças que sofrem os cristãos na cidade, a segunda maior do Iraque, e em outras áreas controladas pelo EI, que ameaçou matar os que não se transformassem ou fugissem.
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“Igualmente repugnantes são as informações que turcomanos, yazidis e shabaks estão enfrentando sequestros, assassinatos e a destruição de suas propriedades, e que as casas de cristãos, xiitas e shabaks de Mossul foram marcadas”, acrescentou.
Ban lamentou que “no curso de poucas semanas, comunidades minoritárias que viveram juntas durante milhares de anos em Mossul e na província de Ninawa sofreram ataques diretos e perseguição por parte do EI e grupos armados vinculados”.
Crime contra a humanidade
“Dezenas de milhares de membros destes grupos étnicos e religiosos minoritários foram deslocados ou obrigados a fugir e buscar refúgio, enquanto muitos outros foram executados e sequestrados”, denunciou o diplomata coreano.
Ban lembrou que qualquer ataque sistemático contra a população civil por sua origem ou suas crenças pode constituir um crime pela humanidade, pelo qual os autores deverão responder.
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“Todos os grupos armados, incluídos o EI e seus parceiros, devem respeitar a lei humanitária internacional e proteger os civis nas áreas que controlam”, ressaltou.
Além disso, Ban assegurou que a ONU continuará intensificando seus esforços em cooperação com o governo iraquiano e as autoridades regionais do Curdistão para dar resposta às “urgentes necessidades humanitárias dos deslocados pelo conflito e a ameaça terrorista”.