A Grande Barreira de Corais, no noroeste da Austrália, está em seu pior estado de conservação desde que se começou a realizar registros sobre suas condições e, segundo fontes científicas consultadas pela Agência Efe, sua situação irá piorar nos próximos 40 anos.
Um comitê do Senado australiano investiga a gestão dessa zona marinha por parte do governo da Austrália e do estado de Queensland, responsáveis pela preservação da Grande Barreira, declarada Patrimônio da Humanidade em 1981 pela Unesco. O órgão da ONU atualmente está avaliando a sua inclusão na lista de patrimônios em perigo.
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Vista de helicóptero de parte da Grande Barreira de Coral, localizada no noroeste da Austrália.
A sociedade Australiana de Arrecifes de Coral afirmou que os corais diminuíram pela metade desde a década de 1980, quando a Grande Barreira foi declarada Patrimônio da Humanidade. O presidente da entidade, Perter Mumby, disse que “em 2050 se calcula que haverá um menor número de peixes e uma grande quantidade de algas marinhas nos lugares em que se formam as complexas estruturas coralinas”.
“O arrecife está no pior estado desde que se começou a registrar dados [sobre a sua situação]. Existe muita coisa a ser feita para melhorar sua gestão”, reclamou Mumby.
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O diretor do Instituto de Mudança Global da Universidade de Queensland, Ove Hoegh-Guldberg, disse ao comitê de senadores australianos que as medidas que foram adotadas para proteger essa zona marinha são inadequadas e que é tempo de repensá-las.
A saúde da Grande Barreira, que abriga 400 tipos de corais, 1,5 mil espécies de peixes e 4 mil variedades de moluscos, começou a deteriorar-se na década de 1990 pelo impacto do aumento da temperatura da água do mar e de sua acidez, afetada pela presencia maior de dióxido de carbono na atmosfera terrestre.