O presidente da França, François Hollande, disse nesta sexta-feira (25/07) que “não há nenhum sobrevivente” no avião que caiu ontem no leste do Mali, em rota operada pela companhia Air Algérie entre Ouagadougou e Argel, e que a caixa-preta do aparelho já foi encontrada.
Em uma breve declaração, Hollande afirmou ainda que a caixa-preta foi enviada para a cidade de Gao, no norte do Mali. Cerca de cem militares franceses chegaram nesta manhã na região onde estão os destroços do avião MD-83, propriedade da companhia aérea espanhola Swiftair, perto da fronteira com Burkina Fasso, informou o presidente.
Agência Efe
Presidente francês confirma a morte dos passageiros e tripulantes de avião que caiu no Mali.
O presidente francês explicou que os destroços estão “concentrados em uma área limitada, mas que ainda é cedo demais para fazer conclusões” sobre os motivos do acidente e, por isso, apesar de algumas hipóteses terem sido ventiladas, “em especial” o mau tempo, “não descartamos nenhuma” delas.
Hollande disse compartilhar “a dor das famílias” das vítimas e informou que amanhã os parentes dos 51 mortos franceses serão recebidos no Ministério das Relações Exteriores do país. “Todos meus pensamentos estão com as vítimas, as famílias”, afirmou o chefe do Estado. Hollande garantiu que a investigação “está em andamento” e que nesta tarde serão fornecidas mais informações sobre o caso.
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O avião, com 110 passageiros, 51 deles franceses, e seis tripulantes, todos espanhóis, tinha saído de Ouagadougou às 23h17 (de Brasília) e deveria aterrissar em Argel quatro horas depois, mas o rastro foi perdido às 23h55 quando sobrevoava a região de Gao, no Mali, quando houve o último contato por radar.
A França tem no Mali 1.600 militares que participam da operação lançada ano passado para combater os jihadistas que controlavam o norte do país africano. A área onde foram localizados os possíveis destroços do avião está perto de Agueloc, onde os grupos jihadistas que ainda estão no terço norte do Mali se mostraram muito ativos ultimamente, o que poderia dificultar os trabalhos de resgate.
(*) Com informações da Agência Efe