Atualizada às 11h45
A Nigéria suspendeu as operações da companhia aérea ASKY depois que na quinta-feira passada (24/07) um cidadão liberiano, que viajou para Lagos pela companhia, morreu vítima do ebola. A informação foi divulgada pela imprensa local nesta terça-feira (29/07).
“A companhia aérea não demonstrou nenhuma capacidade para prevenir outro incidente semelhante, ou a chegada à Nigéria de uma aeronave com vítimas do ebola a bordo”, afirmou a Autoridade de Aviação Civil da Nigéria (NCAA), citada pelo jornal nigeriano “The Punch”.
A suspensão dos voos, explicou a NCAA, tem um efeito “imediato” e pretende proteger aos nigerianos desta epidemia que já causou mais de 600 mortos na África Ocidental, segundo os últimos dados proporcionados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A medida permanecerá em vigor até que a companhia aérea, com sede em Lomé (Togo) e que opera na África Ocidental, tome ações para “facilitar a identificação adequada dos passageiros em todos seus pontos de passagem”, acrescentou.
Agência Efe
Ebola também pode ser transmitido pelas notas de dinheiro
O liberiano morto em Lagos, uma das cidades mais povoadas da África, foi internado em um hospital da capital nigeriana após viajar da Libéria em um voo da ASKY, tornando-se o primeiro caso de ebola no país.
Após a chegada do vírus à Nigéria, a maior companhia aérea nigeriana, Arik Air, também decidiu ontem suspender seus voos à Libéria e a Serra Leoa, os dois países de África Ocidental – junto à Guiné – afetados pela epidemia.
O diretor do Departamento de Saúde nigeriano, Jide Idris, assegurou que se realizaram testes nas 59 pessoas que tiveram contato com o morto, tanto no aeroporto como no hospital onde foi internado, e 20 delas já receberam alta. No entanto, criticou, a companhia aérea não divulgou o número exato de passageiros que estavam no voo, por isso não foi possível realizar testes em todos os passageiros.
“Podemos afirmar categoricamente que no dia de hoje só temos um caso importado de ebola e uma morte. Nenhum nigeriano está infectado”, disse Idris, que insistiu que “não há razão para o pânico”.
Mariane Roccelo/ Opera Mundi
A doença – transmitida por contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados – causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.
Essa é a primeira vez que se identifica e se confirma uma epidemia de ebola na África Ocidental. Até o momento, os casos da doença foram registrados na África Central.
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