Membros do EI (Estado Islâmico) mataram pelo menos 80 yazidis neste sábado (16/08), e sequestraram cerca de 500 mulheres e crianças, em uma aldeia no norte do Iraque. O massacre aconteceu após as vítimas terem se recusado a se converterem ao islã, informaram testemunhas.
Na sexta-feira (15/08), um grupo de veículos do EI chegou ao local com o objetivo de tentar converter os moradores ao islamismo. Os homens foram mortos em dois grupos, após serem levados para a casa do xeque tribal Ahmed Yasua, na aldeia de Kuyua, a 90 km de Mossul.
Agência Efe
Membros da minoria yazidi aguardam na fronteira no norte do Iraque. Mais de 1,2 milhões de pessoas já fugiram da região
Um dos moradores da aldeia que presenciou o massacre deu detalhes da execução à um morador da aldeia vizinha. “O EI havia passado cinco dias tentando convencer os moradores a se converter ao islamismo e uma longa palestra foi realizada sobre o assunto hoje”.
Há uma semana, 77 pessoas foram assassinadas pelo EI, entre elas 33 mulheres e crianças, que também haviam recusado a se converter ao islamismo. Desde a intensificação dos ataques do EI, cerca de 1,2 milhões de iraquianos saíram de suas casas, entre eles, comunidades inteiras de Yazidis e cristãos.
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Ofensiva norte-americana
Na madrugada do sábado (16/08), os EUA lançaram a maior ofensiva até o momento contra as regiões controladas pelo EI. Os ataques feitos com drones foram iniciados após o avanço do grupo jihadista pelo norte do país, na última semana.
Até o momento, 23 membros do EI foram mortos. Dois veículos pertencentes ao grupo e um posto de gasolina usado para abastecer os jihadistas foram bombardeados. O ataque ocorreu após o Exército americano ser informado que civis estavam sendo mortos na região. Há a expectativa que o Exército curdo lance uma ofensiva terrestre para recuperar as regiões dominadas pelo EI no último mês. Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade sanções para combater o avanço do grupo jihadista no Iraque e na Síria.
Mariane Roccelo/Opera Mundi