Atualizada às 21h15
Israel e Hamas concordaram nesta terça-feira (26/08), após reuniões no Egito, com um cessar-fogo permanente a partir das 19h locais (13h em Brasília). O anúncio foi feito pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Agência Efe
Ataque israelense em Gaza deixou prédio em escombros nesta terça-feira; partes concordaram em cessar-fogo permanente
Em entrevista coletiva em Ramalah, Abbas afirmou que a ANP apoia a proposta egípcia para o fim das hostilidades que, segundo o jornal israelense Haaretz, também foi aceita por Israel. O conflito já durava um mês e meio.
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Em paralelo ao fim das hostilidades, o acordo estipula também a abertura das passagens fronteiriças entre Gaza e Israel de modo que permita a aceleração da chegada de ajuda humanitária e do material para a reconstrução da Faixa. O pacto também permite que os pescadores palestinos possam trabalhar em um raio de seis milhas em torno do litoral.
Além disso, o acordo prevê que as negociações indiretas entre as duas partes sobre o restante dos assuntos pendentes continuem dentro de um mês, após o estabelecimento do cessar-fogo.
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Segundo uma fonte do gabinete de Netanyahu ouvida pelo Haaretz, o acordo não inclui a abertura do porto e do aeroporto, nem a transferência de fundos para o Hamas, que eram alguns dos pontos conflituosos que fizeram as negociações fracassarem dias atrás.
A imprensa israelense também indica que há uma divisão na cúpula do governo local sobre o cessar-fogo. De acordo com a ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni, o fim da ofensiva deve ser “parte de um acordo global com aqueles que buscam a paz”.
Apesar de Israel argumentar que deu “um duro golpe” no Hamas, o movimento islamita também considera a sua “resistência” como “vitoriosa”. O anúncio do acordo foi festejado entre escombros em Gaza e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. “Qualquer violação de ambos os lados seria totalmente irresponsável”, advertiu o diplomata sul-coreano.
(*) Com Efe