Três novas enquetes sobre intenções de voto dão uma ligeira vantagem ao “não” à independência da Escócia para o referendo desta quinta-feira (18/09), enquanto os políticos de ambos os lados fazem nesta quarta (17/09) um último esforço para convencer os indecisos.
Agência Efe
Escoceses favoráveis à união com Reino Unido se manifestam hoje em Glasgow
Pesquisa da empresa Opinium para o jornal britânico The Daily Telegraph, outra da ICM para o jornal escocês The Scotsman e uma terceira da Survation para ao tabloide Daily Mail preveem vitória do “não” à cisão, mas por uma margem pequena.
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Excluídos os indecisos, as três consultas dão ao “não” um apoio de 52% contra 48% do “sim”. Todos os escoceses maiores de 16 anos estão convocados às urnas para responder com um “sim” ou um “não” à pergunta de se querem que a Escócia seja independente do Reino Unido.
O debate sobre a independência se intensificou nos últimos dias, mas especialmente depois que uma pesquisa publicada no último dia 7 deu pela primeira vez o triunfo ao “sim”.
A poucas horas para o começo desta votação histórica, o primeiro-ministro do governo autônomo da Escócia, o nacionalista Alex Salmond, pediu aos eleitores que deixem para trás os argumentos políticos e compareçam amanhã às urnas para apoiar a independência.
Agência Efe
Favoráveis à independência também se manifestaram em Glasgow
Os políticos trabalhistas Gordon Brown (ex-primeiro-ministro britânico) e Alistair Darling (antigo ministro da Economia) farão hoje um último esforço em Glasgow para pedir aos escoceses que apoiem o “não”.
Cameron não renuncia
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse hoje que não renunciará se o “sim” for o vencedor no plebiscito amanhã. Ele disse que seu nome não aparece na cédula de votação e que seu futuro será decidido nas eleições gerais de 2015.
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Alguns analistas sustentam que a posição do primeiro-ministro pode ser muito difícil e ele poderia se ver a obrigado a renunciar se a opção a favor da independência vencer, pois em 2012 Cameron chegou a um acordo com o primeiro-ministro do governo autônomo da Escócia, Alex Salmond, para realizar o histórico plebiscito.
Cameron, no entanto, admitiu que está “nervoso” antes da votação, mas garantiu que acredita na vitória do “não”. “Certamente que todos os que gostam do Reino Unido, e me importo com paixão sobre o que se passa no Reino Unido, estão nervosos”, afirmou o primeiro-ministro.
(*) com informações da Agência Efe