Atualizada às 17h57
As autoridades de Malta negaram nesta quinta-feira (18/09) autorização de entrada de um barco que viajava da Guiné para Ucrânia por medo de que um passageiro estivesse infectado com ebola.
A medida foi confirmada pelo primeiro-ministro do país, Joseph Muscat, que argumentou que a decisão foi “moral e legalmente correta” em vista de que os sintomas do passageiro – de origem filipina – seriam similares às do vírus, apesar de um pedido de ajuda emitido pela embarcação.
Efe
Infográfico mostra como epidemia se espalha no oeste africano
“Poderia ter sido um alarme falso, mas estamos moralmente corretor de tomar essa decisão, pois não podemos colocar em risco nosso sistema de saúde, especialmente quando não sabemos a magnitude do problema”, afirmou Muscat à Reuters. Segundo a BBC, acredita-se que o barco tenha tomado a direção da ilha italiana da Sicília.
Nesta quinta, a OMS (Organização Mundial de Saúde) anunciou que o surto de ebola no continente africano já matou mais de 2.600 pessoas e que 700 novos casos foram descobertos nesta última semana, elevando para 5.300 o número de infectados pelo vírus.
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Serra Leoa em ‘quarentena’
A partir de hoje, os cidadãos de Serra Leoa não serão autorizados a deixar suas casas durante três dias para permitir que os profissionais de saúde identifiquem os casos nos estágios iniciais da doença e tentem impedir a propagação do vírus.
“O confinamento significa que as pessoas, com exceção daquelas essenciais ao serviço médico, não serão autorizadas a circular”, explicou o porta-voz do governo, Abdulai Barratay, à AFP.
À Reuters, o ministro de Informação e Comunicação, Ibrahim Ben Kargbo disse que a abordagem “agressiva” é necessária “para lidar com a propagação do vírus de uma vez por todas”.