O presidente ucraniano Petro Poroshenko defendeu nesta segunda-feira (22/09) o plano de paz acordado com os separatistas pró-russos e afirmou que uma solução militar não é uma opção para resolver a questão no leste do país e que o apoio ocidental poderia ter sido um risco. O mandatário, no entanto, disse que a Ucrânia deve estar preparada “caso o plano de paz não funcione”.
Agência Efe
Manifestantes na Rússia pedem fim da guerra ucraniana
As declarações de Poroshenko foram dadas em meio ao anúncio de que soldados ucranianos foram mortos por separatistas durante o cessar-fogo acordado entre as partes. “Nas últimas 24 horas nós perdemos dois soldados ucranianos, oito ficaram feridos”, afirmou o porta-voz militar Andriy Lysenko no domingo (21/09).
Os manifestantes, que controlam a cidade de Donetsk, teriam atacado o aeroporto internacional da cidade, controlado pelo governo. Lysenko disse também que 40 separatistas morreram na “defensiva” contra as tropas ucranianas. De acordo com a agência Reuters, não há uma confirmação independente destes fatos.
Meios militares
Poroshenko acrescentou ainda que a Ucrânia não pode vencer sem apoio internacional. “Não é possível ganhar… somente por meios militares. Mais soldados e brigadas ucranianos são levados e mais tropas russas estão lá”, disse, ao afirmar que entre 60 e 65% dos equipamentos militares ucraniano foram destruídos. A Rússia nega que suas tropas estejam participando do conflito ucraniano.
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Na última quinta-feira (18/09), o mandatário esteve nos EUA para pedir armamento para o Exército, mas não obteve êxito. O presidente dos EUA, Barack Obama, se comprometeu a entregar uma ajuda de 53 milhões de dólares, dos quais sete se destinam a ajuda humanitária e o resto para apoiar o Exército, mas não enviará armamento para o país.
No último sábado (20/09), em Belarus, representantes de Kiev e dos separatistas assinaram um memorando que define a colocação em prática dos termos do acordo de paz, anunciado há cerca de duas semanas.
O memorando assinado no sábado tem nove pontos. O principal deles é a criação de uma zona desmilitarizada de 30 quilômetros entre as tropas de Kiev e os separatistas nas regiões de Donetsk e Lugansk, ambas na fronteira com a Rússia. Kiev anunciou que as medidas já estão sendo aplicadas.
O ocidente considera que se trata de um armistício, não um plano de paz.