O Exército israelense abriu um inquérito para investigar o suicídio de três soldados que participaram da operação Margem Protetora contra Gaza, informou nesta terça-feira (30/09) o jornal israelense Maariv, citado pela agência palestina PNN.
Agência Efe
Palestinos sentados perto de suas casas destruídas após a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza
De acordo com o jornal, os três soldados cometeram suicídio utilizando as armas pessoais que possuíam e que foram localizadas ao lado dos corpos. Um deles foi encontrado em Tel-Aviv e os outros dois na fronteira da Faixa de Gaza.
Os soldados de elite das Brigadas de Golã sofreriam com problemas psiquiátricos decorrentes da participação da ofensiva contra Gaza, diz o jornal. O Exército ainda não comentou a informação.
O escritório de psiquiatra do Exército israelense disse que “em 2013, foram testemunhados suicídios de oito soldados, enquanto três cometeram suicídio apenas nas últimas semanas”. O Exército, no entanto, “se recusa a fornecer a quantidade de militares que se suicidaram neste ano”, reportou a PNN.
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“Margem Protetora”
Durante a ofensiva israelense em Gaza, mais de 2.150 palestinos, sendo a maioria civis, 578 crianças e 260 mulheres, morreram. Do lado israelense, foram contabilizadas 70 mortes. No total, 11 mil pessoas ficaram feridas, muitas com sequelas permanentes.
A ofensiva israelense, que tinha como justificativa conter o lançamento de foguetes palestinos em território israelense e foi deflagrada após a morte de três jovens israelenses, terminou no último mês com o cessar-fogo indefinido entre palestinos e o Hamas, que controla a Faixa de Gaza após 51 dias de ofensiva.