Líderes estudantis do movimento pró-eleições livres em Hong Kong afirmaram nesta quarta-feira (01/10) – Dia Nacional da China e feriado no país – que, caso o chefe do Executivo local, C. Y. Leung, não renuncie até quinta-feira (02/10)., os protestos irão aumentar e partir para a ocupação de prédios públicos.
Agência Efe
Manifestantes reunidos na manhã desta quarta-feira em Hong Kong
Nesta manhã, durante a cerimônia de hasteamento das bandeiras chinesa e de Hong Kong, com a presença de Leung, estudantes viraram as costas em protesto. Enquanto o chefe do Executivo fazia um brinde com outras autoridades, os membros do movimento de estudantes, chamado Scholarism, permaneceram calados com as mãos em alto em forma de cruz, e com fitas amarelas marcadas na roupa.
O estopim para a mobilização foi o fato de o governo central chinês decidir limitar quem poderá se apresentar como candidato nas eleições de 2017 em Hong Kong, criando um comitê com membros apontados por Pequim para escolher os postulantes ao governo local. Além disso, a comissão manterá controle sobre os candidatos, oferecendo a possibilidade de apenas dois ou três presidenciáveis se apresentarem para o pleito.
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Os guarda-chuvas são o símbolo do movimento e são usados para proteção contra gás de pimenta
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Para Leung, que nega que vá renunciar, a mudança feita pelo governo central ainda permite maior participação democrática se comparada à exercida no resto país. O próprio chefe do Executivo foi escolhido por um colégio eleitoral de 1.200 pessoas. Segundo o New York Times, a estratégia do governo é não negociar com os manifestantes – atitude considerada “sem sentido” – e esperar as próximas movimentações.
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Cartaz de manifestante contra líderes chineses (entre eles, Leung, o primeiro à esquerda); eles pedem renúncia de chefe do Executivo local
Os manifestantes voltaram a se reunir na noite desta terça (30/09), em uma das maiores concentrações desde o início dos protestos. Eles se reuniram diferentes pontos do centro administrativo e financeiro e da zona comercial de Hong Kong.
A expectativa é que o feriado, que dura dois dias, aumente mais a participação de manifestantes nos protestos.
(*) Com Efe