Atualizada às 9h51
O governo da Catalunha admitiu na noite desta segunda-feira (13/10) que não poderá realizar o referendo sobre a independência do governo central espanhol no dia 9 de novembro por falta de garantias legais. O presidente catalão, Artur Mas, anunciou que, no lugar da votação, será realizada uma “consulta popular não definitiva”.
“A consulta popular de 9 de novembro não será definitiva e antecederá uma definitiva”, disse Mas em nota oficial.
Agência Efe
Presidente catalão, Artur Mas, diz que consulta popular não definitiva antecederá uma defitiniva
O processo de referendo catalão foi paralisado em setembro após o Tribunal Constitucional espanhol suspender de forma cautelar a iniciativa.
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Ontem à noite, no entanto, foi a primeira vez que o governo da Catalunha admitiu oficialmente que não será possível realizar o pleito sobre a separação do governo espanhol. Até então, autoridades catalãs asseguravam que a decisão havia sido tomada de forma “cautelar” e “temporal” e ainda não consideravam como perdida a batalha judicial com Madri.
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De acordo com informações do jornal El País, Artur Mas decidiu diluir o processo de referendo em consulta popular para não entrar em colisão com o Tribunal Constitucional espanhol, dificultando assim uma futura separação da Catalunha do governo da Espanha.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, celebrou a decisão de consulta popular dos catalães no lugar de referendo: “É uma excelente notícia que não se realize o referendo da Catalunha”, afirmou em entrevista ao periódico.
Em diversas situações, o governo espanhol declarou que não reconheceria um plebiscito na Catalunha, classificando-o como ilegal, apesar da pressão dos 7,5 milhões de habitantes catalães. A região é responsável por 1/5 da riqueza do país.