Atualizada às 15h38
O Vaticano teve papel fundamental nas negociações para a retomada das relações entre Cuba e os Estados Unidos, rompidas desde 1961. As negociações secretas, que duraram 18 meses, aconteceram, na maioria das vezes, no Canadá, e foram incentivadas pelo papa Francisco.
Em discurso nesta quarta-feira (17/12), o presidente cubano, Raúl Castro, agradeceu ao apoio do Vaticano na empreitada. “Queremos agradecer o apoio do Vaticano, especialmente do papa Francisco, e a participação do Canadá na conversa entre os dois países”, disse Castro.
De acordo com o jornal “The New York Times”, Francisco sediou uma reunião decisiva no Vaticano, que antecedeu a conversa telefônica entre Barack Obama e Raúl Castro, realizada nesta quarta-feira (17/12), e que selou o acordo para a libertação de Alan Gross, detido na ilha desde 2009, acusado de espionagem, e dos três dos Cinco Cubanos que permaneciam detidos nos Estados Unidos. O mandatário norte-americano, Barak Obama, por sua vez, afirmou que a resolução do problema foi um “apelo pessoal” feito pelo papa a ele e a Castro.
Agência Efe
Francisco participou das negociações nos últimos 18 meses, entre Havana e Washington
Segundo um funcionário norte-americano, o papa enviou uma carta pessoal para os presidentes Obama e Raúl Castro, ressaltando a necessidade de que ambos retomassem as relações.
A carta “nos deu um grande ímpeto e impulso para seguir adiante”, disse o funcionário mencionado pelo jornal. O Vaticano foi o único governo que participou das negociações entre os Estados Unidos e Cuba “nessas reuniões”.
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