Atualizada às 16h36
A presidente Dilma Rousseff mandou “cumprimentos” nesta quarta-feira (17/12) aos presidentes dos EUA, Barack Obama, de Cuba, Raúl Castro, e ao papa Francisco pelo início da retomada de relações diplomáticas entre os dois países. O pontífice intermediou a negociação entre os dois países. “Eu queria cumprimentar o presidente Raul Castro, o presidente Barack Obama e especialmente o papa Francisco”, disse.
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Ela classificou como “fantástica” a notícia, e lembrou dos investimentos feitos pelo governo brasileiro no porto de Mariel. “Fico muito feliz porque toda a política do governo brasileiro ate agora tem sido enfatizar, e não só do ponto de vista retórico, mas com ações concretas, a forma pela qual Cuba tem de ser integrada. Algo que foi tão criticado durante a campanha, o porto de Mariel. O porto de Mariel mostra hoje a sua importância para toda a região. E, para o Brasil, é estratégico por sua proximidade com os EUA. No momento em que eu recebo a presidência do Mercosul, um fato desses ocorre. O que mostra a importância as relações nessa região”, afirmou. As declarações foram dadas durante o discurso de Dilma na cúpula e em entrevista após assumir a presidência pró-tempore do Mercosul.
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Agência Efe
Dilma com Mujica (ao centro) e Evo Morales; mandatários estão na 47ª Cúpula do Mercosul
A mandatária está na cidade de Paraná, na Argentina, na 47ª Cúpula do Mercosul.
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Outros presidentes, presentes na reunião, também falaram sobre a mudança de relações entre Havana e Washington.
A argentina Cristina Kirchner interrompeu o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff para anunciar aos colegas sul-americanos a notícia. Cristina classificou a decisão como uma demonstração da existência de um desejo de integração dos povos.
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O venezuelano Nicolás Maduro, em seu discurso oficial na cúpula do Mercosul, falou sobre o que chamou de “grande gesto de valentia” de Barack Obama. Para Maduro, talvez essa seja a ação mais importante da gestão do presidente norte-americano. Lembrando que hoje, 17 de dezembro, é o aniversário do Papa Francisco, o presidente venezuelano arriscou dizer que a reintegração diplomática entre EUA e Cuba é um ótimo presente ao religioso.