O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou neste sábado (20/12) a repatriação de quatro detidos afegãos no centro de detenção de Guantánamo.
Shawali Khan, Khi Ali Gül, Abdul Ghani e Mohammed Zahir, que estavam presos em Guantánamo há 10 anos, voltaram ao Afeganistão após a análise de uma série de fatores incluindo a segurança, indicou o Departamento de Defesa em comunicado.
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Detentos na prisão de Guantánamo em janeiro de 2002
O grupo de trabalho criado por ordem executiva em 2009 para revisar os casos dos presos de Guantánamo, no qual participam funcionários de seis departamentos e agências do governo, concluiu que os detidos eram aptos para a transferência e que não representavam risco para as tropas norte-americanas que continuam no Afeganistão. No entanto, de acordo com a agência Associated Press, o comandante das tropas norte-americanas no país, o General John Campbell, se opôs à transferência.
Segundo o jornal britânico The Guardian, eles embarcaram para Cabul em um avião do Exército dos EUA na noite passada e foram entregues a autoridades afegãs, nesta que é a primeira transferência do tipo desde 2009. Um oficial norte-americano declarou que a transferência foi requisitada por Ashraf Ghani, presidente do Afeganistão.
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O secretário de Defesa, Chuck Hagel, informou ao Congresso sobre a repatriação dos afegãos.
Os Estados Unidos agradeceram o Afeganistão pela “vontade de apoiar os esforços em curso do governo americano para revisar a situação dos acusados que estão no centro de detenção”.
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Após a mudança deste grupo, ainda restam 132 réus no centro de detenção de Guantánamo, criado após os atentados de 11 de setembro pelo governo de George Bush para abrigar suspeitos de terrorismo.
“Esta repatriação reflete o reiterado compromisso do Departamento de Defesa de fechar a prisão de Guantánamo de maneira responsável”, declarou o enviado especial do Departamento para o fechamento de Guantánamo, Paul Lewis.
No começo de dezembro, o Uruguai acolheu outros seis presos de Guantánamo, que terão status de refugiados no país.
*Com informações da Agência Efe e do jornal The Guardian