Atualizada às 20h20
O FMI (Fundo Monetário Internacional) declarou nesta segunda-feira (29/12) que suspenderá o programa de resgate financeiro à Grécia até que seja anunciada a formação de um novo governo. Nesta manhã, o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, antecipou as eleições legislativas do país para 25 de janeiro, o que abriu caminho para que a coligação de esquerda Syriza tenha vantagem na corrida eleitoral.
Sondagens publicadas na semana passada, um dia depois da segunda votação presidencial no parlamento grego, davam vantagem à oposição esquerdista, sempre com margens superiores a 3%. O estudo de opinião realizado pelo Instituto Kapa para o diário To Vima atribuía 27,2% ao Syriza e 24,7% à Nova Democracia; já a sondagem realizada pelo Instituto Alko para o jornal Proto Thema, 28,3% contra 25%.
Favorita segundo as últimas pesquisas de opinião, a coalizão liderada por Alexis Tsipras defende menos austeridade para a Grécia.
Efe
O ministro grego de Finanças, Gikas Jardúvelis (esq.), assegurou hoje a repórteres que o país não está com problemas de liquidez
A decisão de Samaras vem após o fracasso de seu candidato e único postulante à presidência, Stavros Dimas, que não conseguiu votos suficientes para ser eleito presidente da República.
Como consequência, tal medida favoreceu a Syriza, o maior partido da oposição no país europeu.
Divulgação
Líder do Syriza, Alexis Tsipras comemorou os anúncios e disse hoje que 'austeridade é coisa do passado'
NULL
NULL
“Hoje é um dia histórico para a democracia grega. Legisladores provaram que a democracia não pode ser chantageada”, disse hoje Tsipras, comemorando o resultado. “Com a vontade de nosso povo, em poucos dias os resgates vinculados à austeridade também serão coisa do passado. O futuro já começou”.
De acordo com o porta-voz do FMI, Gerry Rice, o FMI já havia consultado a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu antes de anunciar essa decisão. A próxima avaliação da troika (FMI, BCE e Comissão Europeia) estava prevista para acontecer em meados de janeiro.