Pelo menos 13 mil pessoas voltaram a tomar as ruas de Hong Kong munidas de guarda-chuvas amarelos neste domingo (01/02) a favor de eleições diretas na região, reivindicação negada pelo governo chinês. Trata-se do primeiro protesto de grande porte na ilha desde que a polícia desalojou os acampamentos dos manifestantes, em dezembro de 2014.
EFE
População de Hong Kong exigiu neste domingo que Pequim reconheça soberania política da ilha
Segundo um repórter da Al Jazeera no local, a marcha gritava: “nós queremos democracia e o direito de escolher nosso próprio líder”. Outros carregavam bandeiras alegando que Hong Kong não era como o resto da China e, portanto, não deveria ser tratada como tal.
No auge das manifestações do ano passado, pelo menos 100 mil pessoas tomaram as ruas e entraram em violentos confrontos com a polícia local, chamando atenção da comunidade internacional.
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Histórico
No início de setembro de 2014, os manifestantes começaram a se organizar após o anúncio de que seria criado um comitê com membros apontados por Pequim para escolher os candidatos ao governo de Hong Kong nas eleições de 2017. Além disso, a comissão manteria controle sobre os candidatos, oferecendo a possibilidade de apenas dois ou três presidenciáveis para o pleito.
As medidas quebram o acordo feito em 1997, quando a cidade deixou de ser colônia britânica e passou a ser controlada pelo governo chinês. O acordo previa que a cidade teria eleições abertas e sufrágio universal em 20 anos.
Os protestos ganharam força no final de setembro e foram realizados para tentar reverter a situação. O governo chinês, no entanto, afirma que a demanda por inscrições abertas de candidatos é “impossível” sob a legislação da ex-colônia britânica.