Atualizada às 9h42
A soldado Chelsea Manning, condenada a 35 anos de prisão por violação de documentos secretos para o Wikileaks, foi autorizada formalmente a fazer tratamento hormonal para viver como mulher. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (13/02) pelo jornal USA Today.
“Após considerar a recomendação que o tratamento hormonal é apropriado e necessário, e avaliando os riscos associados, eu aprovo”, escreveu a coronel Erica Nelson, responsável pela prisão militar de Fort Leavenworth, onde Manning está presa, em documento do dia 5 de fevereiro obtido pelo periódico.
Reprodução
Manning recebeu autorização formal dos militares para receber tratamento hormonal
NULL
NULL
Ela havia processado o Exército para receber tratamento. No pedido, Manning havia solicitado a terapia hormonal e o direito de viver como mulher, já que havia sido diagnosticada com transtorno de identidade de gênero.
Pessoas transgêneros não são autorizadas a servir as Forças Armadas nos EUA, o que faz com que o Pentágono não ofereça a medicação necessária para tal. Manning, que ao nascer recebeu o nome de Bradley, não pode, no entanto, ser expulsa do Exército durante o cumprimento da sentença, por isso as autoridades da Defesa são obrigadas a oferecer o tratamento solicitado pela soldado.
Em abril de 2014, um juiz do estado norte-americano do Kansas autorizou Bradley Edward Manning passasse a se chamar, legalmente, Chelsea Elizabeth Manning. Manning, que havia apresentado a requisição formal para a mudança de nome no dia 27 de janeiro, não compareceu à audiência, mas declarou que a data do veredicto era “um dia emocionante”.
(*) Com Efe