Ao menos 20 civis morreram e 31 ficaram feridos nesta quinta-feira (26/03) em um bombardeio liderado pela Arábia Saudita na capital do Iêmen, Sanaa.
O ataque aconteceu horas após o chanceler iemenita, Riad Yassin, pedir uma intervenção militar aos países árabes para conter o avanço do movimento de oposição xiita houthi, que já tomou a capital e vários pontos estratégicos do território nacional.
EFE
Em meio a escombros, homem mostra foto do filho que foi morto durante bombardeio saudita nesta madrugada
Além dos sauditas, outros países árabes – como Catar, Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Kuwait – também decidiram colaborar militarmente para frear a influência houthi no país vizinho.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou o fornecimento de apoio logístico e de inteligência à intervenção árabe, mas acrescentou que as forças norte-americanas não terão uma ação militar direta na ação.
Em resposta à ofensiva da coalizão árabe, os houthis avançaram em direção à região fronteiriça entre Iêmen e Arábia Saudita, onde travam enfrentam tropas sauditas nesta manhã.
EFE
Bombardeio saudita em bairro da capital iemenita deixa rastros de destruição na manhã desta quinta-feira
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Na quarta-feira (25/03), o presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, deixou o país de barco após o grupo xiita dos houthis bombardear os palácios presidenciais em Sanaa e em Áden, onde estava recluso desde o início do mês. Ele assumiu o poder em 2012, em meio à Primavera Árabe, que tirou Ali Abdalá Saleh do poder, após mais de 30 anos. Ele também era aliado dos EUA contra a Al Qaeda.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o país está à beira de uma guerra civil, tendo como atores além dos houthis, o grupo EI (Estado Islâmico) – que na última semana realizou um atentado contra os houthis, matando mais de 120 pessoas – e a Al Qaeda no Iêmen, um dos principais braços do grupo e que assumiu a autoria do atentado contra a revista francesa Charlie Hebdo.
De acordo com o chanceler do Iêmen, pilotos do Irã participam dos bombardeios que estão sendo realizados pelos houthis. “Todos os países do mundo apoiam a legitimidade de Hadi, menos o Irã”, criticou Yassin. A informação, no entanto, não é confirmada por outras fontes e a Casa Branca, por meio de seu porta-voz, John Earnest, disse que não está “claro” que os houthis estão sendo apoiados por Teerã.
EFE
Na quarta-feira, houve manifestação contra presença de lideranças houthi no Iêmen