Atualizada às 16h15
Pelo menos 147 pessoas morreram nesta quinta-feira (02/04) após ataque reivindicado pelo grupo islamita Al Shabab, filiado à Al Qaeda, na Universidade de Garissa, no leste do Quênia, próximo à fronteira com a Somália. As informações são do governo do país, que também anunciou que o Exército conseguiu libertar as centenas de estudantes e professores não muçulmanos que seguiam mantidos como reféns pelo grupo nos arredores da instituição, após mais de 16 horas de combate.
Agência Efe
Soldados queniano a postos diante da universidade de Garissa
Os integrantes do Al Shabab tomaram uma residência estudantil onde vivem cerca de 800 pessoas.
Jornalista do NTV posta foto com local onde grupo mantém reféns e diz que pode ouvir disparos:
The gunmen are holed up inside the upper hostel section. I can hear gunfire from the other end @ntvkenya pic.twitter.com/BJfqBX7QFy
— Dennis Okari (@DennisOkari) 2 abril 2015
“Nós separamos as pessoas e liberamos os muçulmanos”, disse à Reuters o xeique Abdiasis Abu Musab, porta-voz das operações militares do Al Shabab. “Há muitos cadáveres de cristãos, mas também tem alguns deles vivos”, acrescentou Musab.
De acordo com o Ministério do Interior do Quênia, por meio de sua conta oficial no Twitter, “um dos supostos terroristas foi detido quando tentava fugir do local”.
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Jornalista relata ter conhecido uma pessoa no aeroporto, identificada como Anastacia, com sérios ferimentos de bala:
Heavy gunfire & explosions inside the university. I met Anastacia at the airstrip with serious gunshot wounds. pic.twitter.com/ZcKQTOQnzh
— Dennis Okari (@DennisOkari) 2 abril 2015
A ação ocorreu no início da manhã, quando o grupo entrou na universidade, no momento em que estudantes se dirigiam à mesquita, e explodiram uma bomba. Em meio ao caos, começaram a atirar indiscriminadamente.
Os homens armados conseguiram entrar nas residências do campus após enfrentar em um tiroteio os policiais que protegiam o local.
Desde outubro de 2011, quando o exército queniano entrou na Somália para combater o Al Shabab, o país vem sendo alvo de constantes atentados terroristas.
O jornalista Bashir Ismail, freelance em Garissa, afirmou ao site EuroNews que a escolha da universidade se deve, “em primeiro lugar, porque Garissa fica perto da fronteira com a Somália e porque a cidade é vista como a capital do povo somali no Quênia. Em segundo, porque na última quinta-feira (26/03), as forças de segurança quenianas mataram três homens que, suspeita-se, pertenciam ao Al-Shebaab”.