Conhecida figura na mídia local, o jornalista ucraniano Oles Buzina foi assassinado nesta quinta-feira (16/04), após ser atingido por vários disparos próximos à sua residência em Kiev.
Efe
Fotografia de arquivo enviada às agências de notícias mostra Buzina em 17 de setembro de 2012
O assassinato aconteceu horas depois de um ex-deputado do mesmo partido do presidente ucraniano deposto Viktor Yanukovich morrer nas mesmas condições na capital ucraniana.
O atual chefe de Estado da Ucrânia, Petro Poroshenko, classificou os episódios como “provocações” dos inimigos da nação.
“É evidente que estes crimes são fatos do mesmo tipo. Entende-se sua natureza e sentido político: é uma provocação consciente de nossos inimigos. São voltados a desestabilizar a situação política interna na Ucrânia, a desacreditar a escolha do povo ucraniano”, ressaltou.
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Crítico ao nacionalismo ucraniano, Buzina foi candidato a deputado em 2012 por um partido minoritário pró-Rússia. Recentemente, o jornalista deixou o cargo no veículo Segodnya, propriedade de um oligarca da região de Donetsk, sob alegações de censura.
Em meio às polêmicas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou em entrevista ao vivo que “este não é o primeiro assassinato político” na Ucrânia.
“Na Ucrânia, nos topamos com uma série de assassinatos dessa classe. E a Europa e Estados Unidos preferem olhar para outro lado”, criticou, o chefe do Kremlin, aludindo às investigações comandadas por potências ocidentais após o assassinato de Boris Nemtsov, líder opositor russo, em fevereiro passado.