O movimento internacional Fashion Revolution Day (“Dia da Revolução da Moda”, em tradução literal) chega à segunda edição nesta sexta-feira (24/04), com o intuito de conscientizar as pessoas a respeito do custo humanitário da moda e seu impacto social no processo de produção e consumo, levando em conta o bem-estar dos trabalhadores da indústria têxtil.
Flick/CC
Fábricas de camisetas no oeste de Bangladesh: setor é um dos que mais explora
Uma das frentes da campanha acontece nas redes sociais, onde usuários exibem fotos vestidos com roupas ao contrário, postando com a pergunta em hashtag: “who made my clothes?” (“quem fez minhas roupas?”).
Uma das adeptas à causa foi a estilista britânica Stella McCartney, que publicou uma fotografia nesses padrões em sua conta oficial no Instagram, com a frase: “mostre sua etiqueta e se questione quem fez as suas roupas no Fashion Revolution Day”.
Com as imagens, o movimento quer incentivar os consumidores a desvendarem as origens das roupas que usam diariamente e a se questionarem se a fabricação é feita de modo ético e transparente, respeitando os direitos humanos dos funcionários do setor — um dos principais envolvidos em polêmicas de trabalhos análogos à escravidão.
Show your label and ask #whomademyclothes for Fashion Revolution Day! #FashRev @fash_rev
Uma foto publicada por Stella McCartney (@stellamccartney) em
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A iniciativa foi criada por um conselho global de líderes da indústria da moda sustentável, ativistas, imprensa e acadêmicos que se uniram após o desabamento trágico do edifício Rana Plaza, em Bangladesh. O acidente no local – responsável por abrigar várias fábricas de roupas – deixou 1.133 trabalhadores mortos e 2.500 outros feridos, no dia 24 de abril de 2013.
“Não estamos apenas comprando uma peça de roupa ou acessório, mas toda uma cadeia de valores e relacionamentos”, dizem os organizadores no site da campanha. Hoje, estão previstos eventos em cerca de 70 países ao redor do mundo.