A Grécia realizou nesta quarta-feira (06/05) o pagamento de 200 milhões de euros ao FMI (Fundo Monetário Internacional) em juros pelos empréstimos concedidos para resgates financeiros, cujo prazo final expiraria nesta tarde.
EFE
Premiê grego, Alexis Tsipras, busca resolver questão da liquidez, ponto-chave para economia do país
Até agora, o governo grego — encabeçado pelo partido de esquerda Syriza desde o início do ano — cumpriu pontualmente com os reembolsos de todos os empréstimos.
O último pagamento foi realizado no dia 9 de abril, quando o FMI recebeu 460 milhões de euros. Especula-se que a próxima parcela, que vencerá em 12 de maio e que custa 760 milhões de euros, represente um desafio maior para Atenas.
“A Comissão Europeia, o BCE (Banco Central Europeu) e o FMI compartilham o mesmo objetivo de auxiliar a Grécia a atingir uma estabilidade financeira e crescimento. Todas essas três instituições estão trabalhando duro para conseguir um progresso concreto até 11 de maio”, declararam os órgãos em comunicado divulgado à imprensa nesta quarta.
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Com uma dívida que chega a 175% do PIB e problemas de liquidez, a Grécia negocia há meses com credores a extensão do atual programa de resgate econômico.
Em meio à pressão dos parceiros da zona do euro por reformas econômicas e garantia de pagamento da dívida, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, decidiu na última semana reformular a pasta de Finanças.
Para agradar os credores, o líder esquerdista afastou o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, da primeira linha da equipe de negociações com os sócios do bloco. Desde que o Syriza assumiu o poder, membros do Eurogrupo já haviam demonstrado insatisfação com a postura informal e a orientação marxista de Varoufakis.