O centro-esquerda PD (Partido Democrático), do primeiro-ministro, Matteo Renzi, foi considerado o vencedor das eleições locais que aconteceram no domingo (31/05), na Itália. No pleito, a legenda ganhou cinco das sete regiões em disputa com mais de 40% dos votos, segundo a apuração dos resultados divulgada nesta segunda-feira (01/06).
EFE
Renzi deposita sua cédula nas urnas ontem perto de Florença
Como era esperado, o PD venceu sem grandes desafios em Toscana, Marcas, Púglia e Úmbria. Uma das surpresas foi a conquista de Campânia, que o partido recuperou da direita. Apesar do cenário positivo, o resultado é encarado como uma perda de força do partido em relação ao triunfo nas eleições europeias de 2014.
Já as duas regiões que os candidatos de centro-esquerda não conseguiram obter foram Vêneto — que as pesquisas já indicavam uma vitória para a legenda de extrema-direita Liga Norte — e Ligúria, reduto tradicional da esquerda que o PD perdeu para o Força Itália, fundado pelo ex-premiê Silvio Berlusconi.
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Onda de extrema-direita
Além de eleger governadores de sete das 20 regiões do país, os italianos foram às urnas ontem decidir prefeitos de mais de mil cidades. No âmbito municipal, Os partidos de extrema-direita Liga Norte e M5S (Movimento Cinco Estrelas) obtiveram resultados surpreendentes.
A Liga Norte não apenas conquistou o governo de Vêneto, apoiado por uma coalizão de centro-direita, mas também superou a Força Itália no local. Já o Movimento 5 Estrelas superou 25% dos votos em três regiões, fato notável para o partido.
“Obrigado aos italianos que votaram em nós e que deram um papel de primeiro partido ao M5S na Ligúria, Campânia e Púglia e de segundo em outras regiões. Renzi só pensou nos votos das europeias, mas não se gere um país com histórias e com a arrogância”, disse Giuseppe Grillo, presidente do M5S, segundo a agência de notícias Ansa.