Atualizada às 10h34
Os ministros das Relações Exteriores da UE (União Europeia) renovaram nesta segunda-feira (22/06) a ampliação das sanções econômicas à Rússia até 31 de janeiro de 2016. Por sua vez, Moscou declarou que considera “ilegal e infundada” a decisão da UE de que responderá da mesma maneira, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitro Peskov.
EFE
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“A Rússia, naturalmente, considera estas sanções infundadas e ilegais, e nós nunca fomos instigadores de medidas de castigo”, disse o porta-voz a jornalistas. “O princípio de reciprocidade é a base de nosso enfoque na troca de sanções”, acrescentou.
A medida vem como forma de pressão sobre o Kremlin por seu “papel desestabilizador” na crise ucraniana, pelo fim do conflito que já dura mais de um ano. Para os chefes da Diplomacia do bloco, a extensão das sanções visa também “uma completa implantação do acordo de Minsk”, pela paz na região.
Em resposta, o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, ordenou nesta segunda a seu governo que prepare um pedido em nome do chefe do Kremlin, Vladimir Putin, para prorrogar por seis meses o embargo aos produtos alimentícios europeus.
Impacto econômico
Em termos práticos, as sanções impedem pessoas ou entidades europeias de comprar ou vender ações ou instrumentos financeiros similares que forem emitidos por cinco grandes bancos estatais russos: Sberbank, VTB Bank, Gazprombank, Vnesheconombank (VEB) e Rosselkhozbank.
EFE
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As medidas também proibiram que pessoas ou empresas europeias possam fornecer empréstimos a esses cinco grandes bancos estatais russos. Além disso, os ministros europeus impuseram um embargo à importação e exportação de armas e de material relacionado a Moscou.
Por último, as exportações à Rússia de certos equipamentos tecnológicos necessitam de uma autorização das autoridades competentes dos Estados-membros. Essas licenças lhe serão negadas se essas tecnologias forem usadas para a produção de petróleo em águas profundas ou para projetos de petróleo de xisto pelos russos.
Impostas pela primeira vez em julho de 2014 como resposta à anexação russa da península da Crimeia e o apoio a separatistas pró-Moscou no leste ucraniano, as sanções contra os setores energético, financeiro e de defesa da Rússia tinham validade de um ano e afetaram profundamente a economia russa nos últimos meses. Antes do fim do prazo, a UE deveria decidir se optava por levantá-las ou renová-las — como acabou sendo o caso.