Após encontro em Paris, o presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, declararam nesta segunda-feira (06/07) que, embora o “não” tenha vencido no referendo grego de domingo (05/07), Atenas deve recordar que há outros 18 países cuja opinião também deve ser considerada.
“Não resta muito tempo. Há urgência tanto para a Grécia como para a Europa”, declarou Hollande, em pronunciamento no Palácio do Eliseu.
EFE
Merkel e Hollande falam de encontro bilateral sobre crise grega na capital francesa
“A porta segue aberta às discussões, mas é urgente que tenhamos propostas precisas para poder encontrar uma saída para a situação”, disse a chanceler alemã, que acrescentou que a última oferta apresentada a Atenas “já era bastante generosa”, antes do calote.
Segundo fontes do Executivo grego, Tsipras informou que na cúpula europeia de amanhã apresentará “a proposta” de seu governo. Para os dois líderes europeus, cabe a Atenas apresentar uma nova oferta “aceitável” para os chefes de Estado da zona do euro.
Mais cedo, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, optou pela demissão do ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, substituindo-o por Euclidis Tsakalotos, coordenador da equipe grega nas negociações com os credores. A nomeação de uma figura mais moderada e diplomática do gabinete do Syriza é vista como uma tentativa de agradar os líderes europeus.
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Bancos e mercados
Segundo anteciparam fontes do governo grego, os bancos vão permanecer fechados no país pelo menos até a próxima quinta-feira (09/07). Ainda hoje, deve ser divulgado um novo decreto sobre o controle de capitais, em vigor há oito dias.
Nesta tarde, o Banco Central Europeu também aprovou a liberação de fundos de resgate de emergência para Atenas até, pelo menos, 26 de julho.