Atualizada às 11h35
Na data limite para um acordo, a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, anunciou nesta terça-feira (07/07) que as negociações nucleares entre o Irã e o G5+1 (EUA, França, Rússia, China, Reino Unido e Alemanha) se estenderão “durante horas ou mais alguns dias”. Já a a porta-voz de Estado norte-americano, Marie Harf, declarou que o prazo será prolongado até ao menos sexta-feira (10/07).
EFE
Representantes diplomáticos de potências e membros de delegação iraniana se reúnem na capital da Áustria
Nesta manhã, Teerã e a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) anunciaram que deram um “passo importante” para resolver pontos pendentes em direção a um “entendimento geral” para cooperação conjunta. Apesar disso, ainda há alguns pontos que estão sendo negociados que impediram o cumprimento do prazo para a assinatura de um acordo.
“Vamos continuar negociando nos próximos dias. Isto não significa que estejamos estendendo a data limite. Estamos interpretando de forma flexível nossa data limite”, argumentou Mogherini. “Começamos a discutir no mais alto nível os últimos difíceis assuntos políticos que temos que resolver”, acrescentou.
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As dúvidas sobre as atividades nucleares do passado, o fim das sanções internacionais contra Teerã e o acesso a instalações iranianas a membros da AIEA são alguns dos obstáculos que impedem a assinatura de um acordo atômico entre o país persa e as potências na capital austríaca.
Citado pela agência Interfax, o chanceler russo, Sergei Lavrov, cafirmou ue um dos principais problemas a ser resolvido é a questão do embargo sobre as armas imposto ao Irã pelo Conselho de Segurança da ONU em 2010.
Apesar disso, o porta-voz do OEAI (Organismo de Energia Atômica Iraniana), Behrouz Kamalvandi, declarou hoje que essas reuniões com os técnicos foram “construtivas, diretas, com entendimento mútuo e progressos”, segundo a Agência Efe.
Há 12 dias, delegações do G5+1 e do Irã se reúnem em Viena, com o intuito de fechar um acordo que coloque fim ao impasse nuclear. Há mais de dez anos, a comunidade internacional acusa Teerã de querer produzir uma bomba atômica com enriquecimento de urânio, embora o país persa assegure que o programa tem um caráter pacífico, como a geração de energia elétrica para o território.