A ministra de Finanças da Ucrânia, Natalia Yaresko, anunciou nesta quinta-feira (27/08) que o país alcançou um acordo com grupo de credores para a reestruturação de quase 20% da dívida externa do país, que chega a US$ 19,3 bilhões.
EFE
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Após mais de cinco meses de negociações, o comitê de credores europeu decidiu perdoar US$ 3,8 bilhões, informou Yaresko em reunião extraordinária do gabinete de ministros. Segundo a ministra, o acordo alcança todas as metas estabelecidas pelo programa de resgate do FMI (Fundo Monetário Internacional).
“Todos estão bem neste acordo. É por isso que é colaborativo. Não é um lado vencedor, é uma situação em que ambos ganham. Agora estamos todos seguindo em frente sem colocar o valor dos títulos em riscos futuros”, afirmou a responsável pela pasta das Finanças, citada pela Reuters.
Yaresko acrescentou que o acordo inclui uma prorrogação nos prazos para o pagamento de grande parte da dívida, que deverá ser feito entre 2019 e 2027, e não entre 2015 e 2023, como estava estabelecido inicialmente.
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O acordo está longe das aspirações iniciais de Kiev que pedia o perdão de 40% da dívida, mas mesmo assim representa um grande alívio para a economia do país, que deveria pagar US$ 500 milhões no próximo dia 23 de setembro.
Crise e dívida com os russos
O fechamento do acordo ocorre em um contexto de que conflitos no leste da Ucrânia, próximo à fronteira russa. A crise na região já passa de um ano e meio, gerando profundos danos econômicos a Kiev.
Por outro lado, a reestruturação da dívida não inclui a contraída com a Rússia, a quem a Ucrânia deve pagar US$ 3 bilhões no final de dezembro deste ano.
Segundo a Agência Efe, o ministro de Finanças da Rússia, Anton Siluanov, declarou que o Kremlin não participará do processo de reestruturação da dívida ucraniana.
EFE
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