A polícia da Tailândia prendeu neste sábado (29/08) um suspeito relacionado com o atentado à bomba que no dia 17 de agosto deixou 20 mortos e mais de cem feridos em um templo hindu em Bancoc, capital do país.
Segundo o jornal Post Today, a polícia afirmou que o suspeito, que não teve a nacionalidade confirmada, foi detido por volta de 14h (horário local, 4h de Brasília) em uma batida policial em um apartamento no noroeste da capital da Tailândia.
As autoridades indicaram inicialmente que o homem estava com um passaporte turco, mas depois explicaram que o documento é falso.
No apartamento, situado no distrito de Nong Chok, eles encontraram material para fabricar bombas. Também foi achada uma mochila semelhante à usada pelo autor do atentado, segundo os vídeos gravados pelas câmeras de segurança no dia do ataque.
Foi a primeira prisão feita pelas autoridades relacionada com o ataque, que não foi reivindicado por nenhum grupo até o momento.
O porta-voz da Polícia da Tailândia, Prawut Thawornsiri, afirmou, no entanto, que o preso não é o autor do atentado, mas poderia pertencer ao grupo que ajudou a preparar o ataque.
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Prawut apontou que na operação, na qual participaram mais de cem policiais, foram encontrados estilhaços em forma de bolas de 5 milímetros, similares às utilizadas no explosivo detonado no templo hindu de Erawan.
O chefe da Polícia da Tailândia, Somyot Poompanmoung, afirmou que, segundo as investigações, os responsáveis fazem parte de uma organização composta por estrangeiros e tailandeses.
Após a tragédia, que ocorreu no coração comercial da capital, as autoridades afirmaram ser “improvável” que o ataque tivesse sido realizado por grupos terroristas internacionais – Al Qaeda, Estado Islâmico ou a Jemaah Islamiya, autora dos atentados mais mortíferos do século no sudeste da Ásia.
Alguns analistas apontam motivações políticas, colocando como suspeitos a insurgência muçulmana do sul do país ou até mesmo os Lobos Cinzentos, um grupo radical turco que teria promovido o ataque para se vingar da Tailândia por deportar membros da minoria turca para a China.