O estudante Ahmed Mohamed, morador de Irving (Texas), saiu da escola algemado após um relógio que construiu em casa ter sido confundido com uma bomba na segunda-feira (14/09). Ahmed, que tem 14 anos e começou a estudar na MacArthur High School há apenas poucas semanas, costumava construir aparelhos por conta própria, como rádios e alto-falantes com Bluetooth.
No último domingo (13/09), Ahmed resolveu fazer um relógio digital em casa e mostrar a seus professores no dia seguinte. Segundo o estudante, seu professor de engenharia recomendou que Ahmed não mostrasse o aparelho a nenhum outro docente. Ahmed afirmou que sua professora de inglês confiscou o relógio e, pouco depois, ele foi retirado da sala pelo diretor.
“Eles me levaram para uma sala com cinco policiais onde me interrogaram e vasculharam as minhas coisas. Pegaram o meu tablet e minha invenção”, disse Ahmed. “Eles disseram, ‘Você tentou fazer uma bomba?’ Eu disse que não, que estava tentando fazer um relógio”.
Reprodução/The Dallas Morning News
Ahmed Mohamed, de 14 anos, foi detido pela polícia em escola de Irving, Texas (EUA), após seu invento ser confundido com bomba
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Ahmed disse que foi levado à delegacia algemado e teve as suas digitais registradas.
O caso repercutiu pelos Estados Unidos e causou indignação nas redes sociais, inclusive com acusações de racismo. Nesta quarta-feira (16/09), o chefe de polícia local declarou que nenhuma queixa seria prestada contra Ahmed.
O presidente norte-americano, Barack Obama, demonstrou apoio ao estudante nesta quarta-feira através do Twitter. “Relógio legal, Ahmed. Quer trazê-lo para a Casa Branca? Nós deveríamos inspirar mais garotos como você a gostar de ciência. É o que torna os Estados Unidos incríveisl”, diz a mensagem.
Cool clock, Ahmed. Want to bring it to the White House? We should inspire more kids like you to like science. It's what makes America great.
— President Obama (@POTUS) 16 setembro 2015
Marck Zuckerberg, criador do Facebook, postou também nesta quarta-feira em seu perfil pessoal que “ter a habilidade e a ambição de consturir algo legal deveria levar a aplausos, não à prisão. O futuro pertence a pessoas como Ahmed”. A mensagem diz ainda que se o estudante quiser visitar o Facebook, Zuckerberg ficará feliz em recebê-lo.