A Força Aérea de Israel bombardeou na madrugada deste sábado (19/09) vários alvos na Faixa de Gaza em resposta ao lançamento, ontem à noite, de três foguetes por milícias palestinas, dois dos quais caíram na cidade de Sderot e um terceiro foi abatido em pleno voo.
Testemunhas no território palestino disseram à Agência Efe que os ataques tiveram como alvo uma instalação de treinamento da milícia Jihad Islâmica, no norte do enclave palestino, mas não deixaram vítimas.
EFE
Faixa de Gaza amanheceu sob bombardeios israelenses neste sábado
“Os acontecimentos da última noite são uma mensagem clara do compromisso de Gaza com o terrorismo violento”, declarou o tenente-coronel do Exército israelense Peter Lerner.
Para a IDF (Forças Armadas de Defesa de Israel), a responsabilidade do lançamento dos foguetes é do Hamas e o bombardeio deste sábado teve o intuito de atingir “três alvos terroristas” no norte do território palestino.
Segundo a Reuters, um grupo palestino que apoia o Estado Islâmico anunciou a responsabilidade por um dos foguetes lançados contra Israel. Contudo, ninguém assumiu a autoria dos envios do segundo e terceiro projéteis.
Há poucos dias, militares israelenses haviam posicionado uma bateria antiaérea na cidade de Ashdod, próxima a Tel Aviv, prevendo uma escalada da violência, em virtude da detenção de um militante da Jihad Islâmica e também dos distúrbios desta semana em Jerusalém Oriental.
EFE
Palestino protesta contra a polícia israelense na cidade de Hebron, na Cisjordânia na tarde de sexta (18/09)
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Ontem, o Hamas declarou como o “Dia da Ira” depois que polícia israelense fez duas incursões no início desta semana na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, para dispersar grupos de manifestantes palestinos que tentavam impedir as visitas de nacionalistas judeus ao local sagrado.
Fathi Hamad, líder do Hamas, disse ontem, em um comício político que seu grupo não se vê mais comprometido com a trégua firmada com Israel em 2014, depois de um conflito que resultou na morte de 2.200 palestinos e 73 israelenses.
“O Hamas libertará a Mesquita de al Aqsa (a principal da Esplanada) daqui três anos, assim como Be'er Sheva e Ashkelon”, afirmou o líder do movimento islamita.
Os incidentes no sul de Israel e na Faixa de Gaza aumentam ainda mais a tensão na região depois dos incidentes desta semana na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados por Israel desde 1967, onde proliferaram os distúrbios entre palestinos e militares e policiais israelenses.
Ontem, mais de 20 de confrontos foram registrados entre jovens palestinos e forças israelenses, a maioria nos acessos dos bairros palestinos de Jerusalém Oriental.
(*) Com informações da Agência EFE e da Reuters