Desde o desaparecimento dos 43 estudantes normalistas da Escola Normal de Ayotzinapa, no México, em 26 de setembro de 2014, uma série de fossas comuns foram encontradas pelo país, principalmente no Estado de Guerrero. Além disso, novos casos de desaparecimento forçados foram revelados e, para além do domínio do narcotráfico no interior do país, o envolvimento e a cumplicidade do Estado com os fatos gerou ampla revolta na sociedade mexicana.
UM ANO DO DESAPARECIMENTO DOS ESTUDANTES DE AYOTZINAPA
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O México está entre os 25 países mais violentos do mundo. Segundo dados de 2014 do Instituto Nacional de Estatística e Geografia mexicano, menos de 2% dos crimes são resolvidos no país. Guerrero, além de ser um dos três estados com maior impunidade do país, é também o mais pobre.
Entre 2007 e 2014, 164 mil civis morreram – o dobro do que foi registrado no mesmo período em países como Iraque e Afeganistão, que oficialmente estão em guerra.
Diante deste cenário, protestos foram realizados em todo o México e em diversas cidades em todo o mundo para pedir que os jovens fossem encontrados com vida.
Passado um ano, no entanto, o caso segue sem um desfecho, com a versão oficial sendo contestada por especialistas e pelos familiares dos jovens.
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Homenagens
Com uma ampla tradição de mobilizações, protestos e uma revolução que paira no imaginário coletivo, diversos artistas e coletivos mexicanos fizeram músicas e homenagens aos jovens desaparecidos.
Na sequência, uma lista de músicas ajuda a contar a história do que se sabe sobre os 43 estudantes e, principalmente, do que não se sabe:
A indignação não foi manifestada somente por músicos e cantores, mas também escritores, políticos e até mesmo o papa Francisco. Uma série de pronunciamentos e homenagens foi realizada por personalidades mundiais em homenagem aos jovens:
Agência Efe
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