Após realizar uma reunião de emergência realizada na segunda-feira (05/10) em Bruxelas, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) rejeitou, nesta terça-feira (06/10), a explicação da Rússia sobre ter invadido o espaço aéreo da Turquia e ainda afirmou que as invasões não foram acidentes.
“Não irei especular sobre os motivos, mas isso não parece ser um acidente e nós vimos dois deles”, disse à imprensa o Secretário-Geral da organização, Jens Stoltenberg.
Agência Efe
A Rússia disse ter invadido o espaço aéreo turco por causa de má condições climáticas
O espaço aéreo turco foi violado por caças russos no sábado (03/10) e no domingo (04/10). Após a primeira invasão, o governo russo havia justificado a entrada dos caças devido a más condições climáticas. Ainda não foram dadas explicações quanto à segunda.
A Otan já havia criticado a ação e a Turquia entrou em contato com o embaixador russo no país. “As forças armadas da Turquia foram claramente instruídas. Medidas necessárias serão tomadas contra quem violar a fronteira turca”, declarou à imprensa o primeiro-ministro do país, Ahmet Davutoglu.
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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também advertiu Moscou, nesta terça, que as invasões podem prejudicar as “boas relações” entre os dois países, ou até mesmo rompê-las.
“Nossas boas relações com a Rússia são óbvias, mas poderiam se perder. Se a Rússia perde a Turquia, perde muito. A Otan emitiu um duro ultimato. Não podemos tolerar as violações. Houve passos que não gostamos. A Turquia não pode aceitá-los, isto é algo que vai além dos princípios da Otan”, disse o presidente à imprensa.
Ofensiva
Desde de quarta-feira (30/09), a Rússia iniciou uma série de ataques aéreos à Síria, configurados como uma das maiores ofensivas já feitas ao Oreinte Médio, para combater o Estado Islâmico (EI).
De acordo com o governo russo, apenas locais estratégicos do EI estão sendo bombardeados a pedido do presidente sírio, Bashar Al-Assad.
Na mesma semana, a França se juntou à ofensiva.