A Casa Branca decidiu fechar o programa liderado pelo Pentágono que treinava e entregava armas para a oposição síria do governo de Bashar al-Assad contra o EI (Estado Islâmico), reportou The New York Times nesta sexta-feira (09/10).
EFE/Arquivo
Membros do Exército Livre da Síria, grupo de oposição agraciado por programa, mostram armas e gritam palavras de ordem contra Assad
Segundo o jornal norte-americano, a decisão foi tomada pelo reconhecimento de que o programa — que tinha valor de US$ 500 milhões e estava em funcionamento há mais de um ano — falhou em produzir forças de combate em terra firme capazes de expulsar os extremistas na Síria.
“Eu não estava contente com os esforços recentes”,a firmou o secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, nesta sexta. “Então decidimos desenvolver uma série de abordagens diferentes”, acrescentou.
De acordo com um funcionário de do departamento de Defesa, que falou ao NYT em condição de anonimato, não haverá mais recrutamento dos chamados “sírios rebeldes moderados” na Jordânia, Catar, Arábia Saudita ou Emirados Árabes Unidos.
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Em vez disso, haverá um pequeno centro que será construído na Turquia, onde pequenos grupos de líderes de grupos opositores irão aprender táticas de guerra e de ataques aéreos.
A decisão de finalizar formalmente o programa já era esperado, já que nas últimas semanas diversos oficiais do Pentágono já haviam admitido que aquela não era a melhor estratégia para vencer o EI.
A medida ocorre em meio à escalada de presença militar russa na Síria. Desde a última quarta-feira (30/09), aviões russos têm atingido posições dos jihadistas, em uma manobra criticada pelo ocidente. Segundo o chefe do Kremlin, Vladimir Putin, a ofensiva vem de um pedido de Assad para frear o avanço do EI.