Atualizada às 14h28
O Conselho de Segurança da Holanda concluiu nesta terça-feira (13/10) que o voo MH17 foi derrubado por um míssil BUK de fabricação russa. Os investigadores holandeses são responsáveis pela análise das causas da queda da aeronave da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia em julho de 2014, com 289 pessoas a bordo.
EFE
Presidente de órgão de segurança holandês descartou hipóteses como problemas técnicos ou bomba
“O voo MH17 caiu como resultado de uma detonação de um míssil fora do aparelho na parte esquerda da cabine de comando”, explicou o presidente do Conselho de Segurança da Holanda, Tjibbe Joustra, em entrevista a jornalistas,
Segundo Joustra, o míssil BUK era do tipo 9N314M e foi disparado de uma área de 320 quilômetros na zona leste da Ucrânia, controlada por separatistas russos. Os destroços do avião caíram em uma área de 15 quilômetros na na região de Donetsk.
“Como resultado da detonação, a parte de dianteira da aeronave foi destroçada e o avião se partiu no ar”, acrescentou, descartando outras hipóteses, como problemas técnicos do aparelho, uma potencial bomba ou um míssil ar-ar.
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Após a conclusão do relatório holandês, a Ucrânia acusou os serviços secretos russos de planejar a queda do avião da Malaysia Airlines. “Pessoalmente, eu não tenho nenhuma dúvida que esta foi uma operação para derrubar o avião MH17 da companhia aérea malaia planejada pelos serviços secretos russos”, afirmou Arseni Yatseniuk, primeiro-ministro ucraniano, durante uma reunião do governo.
Por sua vez, a Rússia qualificou de “parcial” e “política” a investigação realizada pelas autoridades holandesas, comentou o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, à imprensa local.
Para o diplomata, o resultado do relatório é “lamentável” e os holandeses não levaram em conta em nenhum momento informações de primeira mão oferecidas por Moscou sobre o caso. Desde a época do incidente, as autoridades russas realizaram uma investigação paralela, a pedido do chefe do Kremlin, Vladimir Putin.
EFE
Boeing 777 caiu próximo à fronteira entre Ucrânia e Rússia e gerou uma série de trocas de acusações
Já o consórcio russo de defesa antiaérea Almaz-Antei, fabricante dos mísseis Buk, afirmou hoje que o míssil que derrubou o Boeing 777 malaio foi lançado de uma cidade controlada pelas forças ucranianas.
“Podemos dizer sem dúvida nenhuma que, se o Boeing foi derrubado com um sistema antiaéreo Buk, recebeu o impacto de um míssil 9M38 lançado da cidade de Zaroschenkoye, controlada pelas forças ucranianas”, comentou um funcionário da Almaz-Antei, Mikhail Malishevski, à Agência Efe.
No dia 17 de julho de 2014, o voo MH17 caiu durante o trajeto de Amsterdã (Holanda) para Kuala Lumpur (Malásia), mas foi derrubado no momento em que sobrevoava Donetsk, que é palco de conflitos entre milícias separatistas e militares de Kiev há meses. Todas as pessoas a bordo — das quais a maioria era de origem holandesa — morreram.